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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Clássicos da Literatura Infantil - Cap. 4

Claudete chegou em casa ainda esbaforida. Ainda sentia o rubor queimar-lhe a face. Queria sumir de vista por uns dias, mas sabia que amanhã teria que encarar novamente as três velhotas azedas e seus comentários maliciosos.
Todavia não poderia deixar de esquecer do que viu. O jovem Ademar, de compleição tísica, quase um desnutrido, tornou-se um viril homem. Um desses havaianos de Hollywood que só se via nas matinês de sábado. Mesmo sem intenção, sentiu o coração querer sair do peito e uma vontade irracional de voltar a vê-lo fê-la sorrir de orelha a orelha. Seria essa a paixão por que tanto ansiava?
Com a emoção lhe embalando o sono, sonhou com cavaleiros e donzelas, flores e espadas, castelos e heróis de mitologia. Dormiu como se fora a princesa de Mônaco, sem hora para dormir e nem hora para acordar. Mas as seis da manhã, como se a devolvesse à realidade, o despertador na cabeceira de sua cama lhe acorda em Bonsucesso.
Ciente de seu zeloso dever, cumpre sua liturgia diária e se dirige ao casario de dois andares das irmãs Peçanha no centro da cidade do Rio de Janeiro.
Nem bem coloca o pés sob a soleira da porta dos fundos e já ouve Dagmar proferindo impropérios:
- És tu, Claudete? O bicho do mato? Quando vais aprender a lidar com gente? Precisas tomar tento e cuidar de como tratas nossos convidados. Ainda mais um da estirpe de nosso sobrinho.
- Tens razão, Dagmar. - concordou Nair. - Quase atrapalhou a boa notícia que ele ia nos dar. Que orgulho que eu estou dele. Passou no concurso do Banco do Brasil, veja só.
- Esse vai fazer carreira. - falou a gorda. - Será que teremos uma boca livre na casa do Peçanha?
- Te aquieta, Cleide. - ralou a mais velha. - Só pensas em comer?
- E conheces algo melhor com que passar o dia? Homens, por exemplo?
E sem mais notar Claudete, todas iniciam uma jocosa e melancólica gargalhada que fez a gorda engolir por inteiro a asinha de frango que comia.
Do outro lado da casa, no quartinho dos fundos, Claudete coloca o seu uniforme de doméstica e se demora na frente do espelho um pouco mais do que o costume.

... continua ...

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