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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Cinderela - Cáp.V

Claudete passou a manhã toda afastada do farfalhar das saias e do alarido das xícaras de chá das irmãs Peçanha. Achava que, quanto menos aparecesse, melhor. Ainda mais depois dos acontecimentos de ontem.
No entanto, teve que passar pela cozinha quando duas das irmãs estavam presentes. Como de costume, ouviu os comentários maliciosos de Nair:
- Nosso sobrinho é um rapagão, não achas Cleide? Deve se casar com uma mulher de posses.
- Pois não sei. Com uma empregadinha qualquer que ele não iria se engraçar. - ralhou Cleide. - No Baile da semana que vem ele deve arranjar uma namorada da sociedade fluminense.
- É verdade, quase me esqueci do Baile. Dizem que até o Juscelino vai aparecer.
Sem parecer curiosa, Claudete foi cuidar dos seus afazeres mas ficou encafifada. Precisava ir nesse baile. Mas como?
Pensou em várias alternativas. Até em aceitar o convite do janota do Laurinho. Ele sempre espichava o olho pra ela. Mas, mesmo que fosse com ele, que roupa iria vestir? Não possuia nada que pudesse vestir em um baile no Municipal. Precisava arranjar roupas novas.
E ela ficou assim, perdida em seus pensamentos até tomar o caminho de volta pra casa. Ao chegar na Central do Brasil, viu que uma cigana vinha em sua direção. Tentou desviar, pois não gostava dessa gente. Para ela, era um bando de desocupados que vadiavam o dia inteiro e tentavam tirar o dinheiro dos incautos transeuntes. Mas dessa vez não teve como escapar. Quando deu por si, sua mão direita já estava revelando o seu futuro.
- Um golpe de sorte vai mudar seu destino. - vaticinou a cigana. - Não percas essas oportunidade.
- Que sorte? - perguntou Claudete. - Nunca ganhei nem bingo de igreja.
- Uma hora, minha filha, o cavalo passa encilhado em sua frente. Cabe à ti montá-lo.
Ao falar isso a cigana, que puxava de uma perna, deu as costas e voltou pro seu caminho. Claudete, intrigada, indagou:
- E quanto vai me custar essa previsão?
- Não vai ser nada minha filha. Sejas feliz. - desejou a velha claudicante.
- Posso saber pelo menos o seu nome? - perguntou Claudete.
- Podes me chamar de Fada Madrinha. - respondeu a cigana, de forma enigmática.
Pelo sim ou pelo não, Claudete tomou uma resolução:
- Amanhã mesmo eu jogo no bicho!

.. continua ...

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